Quanta desigualdade no mercado de trabalho…

O Brasil é, historicamente, um dos países que mais sofre com desigualdade. Essa desigualdade pode ser observada em diferentes esferas, com uma das esferas mais significativas sendo a do mercado de trabalho.

Nos quase últimos dois anos, a pandemia da Covid-19 desencadeou uma crise de proporções mundiais, na qual a alta no desemprego foi uma de suas principais consequências. E, infelizmente, as populações já em desvantagem no mercado de trabalho foram as mais atingidas.

Abaixo, eu trago para vocês três dados de pesquisas dos últimos anos que mostram, em números, os impactos da desigualdade no mercado de trabalho em três grupos minorizados: , a população LGBTQIA+, pessoas negras e as mulheres.

Dessa forma, vai ser possível fomentar uma análise e reflexão sobre como essas populações estão em um nível de competição desigual, e eu acredito que se munir com conhecimento é o primeiro passo para realizar mudanças concretas na realidade com a qual você convive.

A população LGBTQIA+ sofre uma forma de desigualdade cultural, com a sua identidade precisando ser defendida e reafirmada constantemente, enfrentando adversidades na inserção ou permanência no mercado de trabalho. O processo de inserção no mercado de trabalho pode ser penoso, especialmente, para a população transexual.

De acordo com um estudo anual realizado pela Accenture sobre diversidade, o Getting to Equal 2020, atualmente no Brasil, 55% dos LGBTQIA+ dizem sentir que a declaração de pertencimento à comunidade causa um impacto negativo no ambiente de trabalho.

Ja a população negra, Seguindo tendências históricas, foi mais atingida pela crise ocasionada pela pandemia do Covid-19 do que a população branca.

Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no segundo trimestre de 2020, 54,4% das mulheres com 15 anos ou mais estavam inseridas no mercado de trabalho em 2019. Para os homens, a inclusão é de 73,7%.

Dentre as questões enfrentadas pelas mulheres, destacam-se as responsabilidades domésticas, que dificultam a inserção no mercado de trabalho. Para muitas, essas responsabilidades as levam a realizar a chamada “dupla jornada”.

A discrepância salarial entre homens e mulheres também é um obstáculo ainda nos dias de hoje. Essa mesma pesquisa apurou que, em 2019, as mulheres receberam 77,7% do que é ofertado aos homens.

Após observar esses dados, fica claro que as pautas de #inclusão e igualdade devem ser agregadas à cultura das empresas como um todo, não se limitando a aparecer apenas em eventos específicos.

Esses dados demonstram a necessidade de as empresas aderirem a políticas de diversidade e inclusão, através de ações concretas, que se iniciam por exemplo no processo de recrutamento e seleção. A utilização de uma linguagem inclusiva no ambiente corporativo também é essencial.

Incorporar essas boas práticas à rotina de todos os colaboradores é o primeiro passo para criar um ambiente seguro e acolhedor para todes.

Ao olhar os dados de pessoas negras no mercado de trabalho, um importante passo a ser dado pelas empresas, para iniciar a reversão da desigualdade do cenário trabalhista, é considerar a representatividade da população negra no seu quadro de colaboradores no momento de escolher pessoas #candidatas. Que tal apostar em ações afirmativas? E melhor ainda, usar a metodologia às cegas?

A mesma lógica se aplica a população #LGBTQIA+, e um olhar especial as mulheres. Na tomada de decisão, as empresas precisam pensar em formas de melhor inclui-las, oferecendo suporte para que elas possam acomodar suas duplas jornadas e competir igualitariamente com homens.

Se essa leitura instigou reflexões sobre como trazer talentos mais diversos para a sua empresa, eu, Cammila Yochabell, convido você a conhecer a Jobecam e experimentar gratuitamente nossa sala de entrevista às cegas. Caso precise de ajuda, sinta-se à vontade para contar com o time da Jobecam!

Cammila Yochabell

Nordestina. A mãe do Ben. CEO da Jobecam. Em 2016 fundei a Jobecam. Uma plataforma 100% digital que torna o processo seletivo muito mais eficiente, acessível e justo por meio da tecnologia de vídeo. Pioneira em entrevista às cegas por vídeo, o “The voice” da seleção.